segunda-feira, 17 de maio de 2010

Um final feliz...

"O contrato assinado esta manhã entre a Nanium e a Infineon garante à ex-Qimonda Portugal a produção e fornecimento de semicondutores de última geração àquela multinacional. Nesse sentido, serão investidos mais de 35 milhões de euros na fábrica de Vila do Conde.

Foi na sede da AICEP, em Lisboa, que a Nanium assinou um contrato com a multinacional alemã Infineon Technologies AG, ex-accionista principal da Qimonda Portugal, para produção e licenciamento de uma tecnologia inovadora.

“A empresa de Vila do Conde passa a partir de hoje a produzir semicondutores com tecnologia eWLB de 300mm, tornando-se assim uma das primeiras companhias da indústria de semicondutores, a nível mundial, a instalar capacidade de produção nesta área”, garante a empresa, em comunicado.

“O contrato assinado é um marco para a nossa empresa. Com esta tecnologia de vanguarda e a elevada procura de mercado, a Nanium criará certamente um amanhã sustentável como empresa independente”, afirma Armando Tavares, presidente do Conselho de Administração da Nanium.

A tecnologia eWLB de 300mm – da Infineon – permite reduzir o custo e o tamanho dos semicondutores, com benefícios óbvios para os fabricantes de tecnologia de consumo e produtos sem fios. “Estas vantagens garantem à tecnologia eWLB 300mm uma elevada procura do mercado a nível mundial”, sustenta a Nanium

“Para garantir o sucesso do projecto e aumentar os actuais recursos, serão investidos na Nanium mais de 35 milhões de euros”, adianta ainda a mesma fonte.

O arranque da produção em volume de bolachas de silício de 300mm eWLB para a Infineon Technologies terá lugar no terceiro trimestre deste ano, atingindo a velocidade cruzeiro em Outubro de 2010.

De resto, “a Nanium foi licenciada pela Infineon para utilizar esta tecnologia inovadora noutras aplicações e tem a capacidade para dar resposta a futuras oportunidades de negócio nesta área através da prestação de serviços de elevada qualidade a outras empresas líderes na indústria de semicondutores”, conclui Armando Tavares.

Este contrato ocorre numa altura em que a Nanium acaba de chamar os últimos trabalhadores que estavam em “lay-off”, passando assim a operar com um efectivo da ordem dos 380 trabalhadores.

Em velocidade de cruzeiro, conforme prevê o plano de insolvência aprovado em Novembro passado, a sucessora da Qimonda Portugal deverá chegar aos 770 trabalhadores.

Foi em Janeiro do ano passado que a Qimonda AG entrou em insolvência. A Qimonda Portugal, instalada em Vila do Conde, seguiu-lhe os passos, tendo entretanto sido a única subsidiária do grupo alemão a salvar-se da falência. Transformada na Nanium, passou a ser detida pelo Estado português (17,88%) e os bancos BES e BCP (41,06% cada um)."

(in Jornal de Negocios - 2010/05/17)

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