Guilherme Pinto apresentou ontem o seu plano económico para o próximo mandato, num local a que chamou o "coração económico da Área Metropolitana do Porto". O candidato socialista à Câmara Municipal de Matosinhos levou os jornalistas numa visita às obras na nova zona empresarial na confluência de Perafita, Santa Cruz do Bispo e Leça da Palmeira, onde estão neste momento a ser construídas as novas instalações de empresas como a Decathlon, Leroy Merlin e a reformulação da zona da Tertir, num investimento privado de mais de 220 milhões de euros, cuja fixação em Matosinhos, defende, é obra sua.
"Matosinhos é extremamente apetecível para investir", afirmou, referindo-se ao "excelente posicionamento estratégico" do concelho, situado entre as maiores plataformas logísticas da região, o aeroporto e o Porto de Leixões. "Esta mais-valia tem que ser aproveitada e rentabilizada com a criação de condições favoráveis à fixação de novas empresas, geradoras de emprego".
Guilherme Pinto citou como exemplos a abertura de uma nova fábrica da JP Sá Couto, para o fabrico dos computadores Magalhães, ou da loja IKEA e centro comercial MarShoping, cuja instalação em Matosinhos foi negociada neste mandato.
Sob o slogan "Matosinhos é bom", o plano económico do candidato socialista elege o combate à crise como a grande orientação estratégica, propondo-se aumentar a capacidade de gerar emprego. Neste item insere-se a dinamização do investimento público e privado, à semelhança da política desenvolvida nos últimos quatro anos, a dinamização da economia social e a aposta em sectores económicos estratégicos.
De acordo com o documento que sumariza a política económica da candidatura socialista, Matosinhos investe: na conclusão da renovação do parque escolar; na construção e ampliação de equipamentos sociais e de saúde; na construção de novos parques públicos; em equipamentos desportivos e culturais; no Plano Rodoviário Municipal, tendo já garantidos mais de 160 milhões de euros para estes projectos.
Matosinhos atrai através de uma política agressiva de captação de investimentos privados de dimensão relevante, apoiada na dotação de infra-estruturas viárias e logísticas, na dotação de capital humano qualificado e na amenidade do território.
Matosinhos atrai com a disponibilização de terrenos ou instalações para localização empresarial, bem como através de novas zonas empresariais e da definição de uma política de "Via Verde" no Urbanismo.
Matosinhos apoia, reforçando o financiamento às empresas do concelho, através de programas como o Matosinhos Finicia, fundos de garantia mútua para os sectores do comércio, serviços e restauração com taxas de juro bonificado e períodos de carência alargados, ou do Merca, um sistema de incentivos para empresas nas áreas de regeneração urbana e sua envolvente.
No item "apoios" destaca-se ainda a criação do Portal do Comércio e Serviços de Matosinhos e a manutenção da taxa de Derrama para as microempresas até ao máximo de 50 por cento do limite legal, tal como da isenção das taxas para as esplanadas.
Através da criação da Loja do Empreendedor e de novas incubadoras de empresas, na área do mar e design, por exemplo, Matosinhos inova na economia. Do plano, articulado de uma forma activa pelos capítulos "Matosinhos atrai, investe, apoia e inova" faz ainda parte o Matosinhos anima, onde se inscreve um "intenso programa de animação das áreas comerciais" e a conclusão do processo de modernização e revitalização comercial dos mercados municipais.
A Economia do Mar, o turismo e o apoio aos sectores ditos tradicionais constituem a base do programa económico gizado pela equipa liderada por Guilherme Pinto, uma aposta consubstanciada em indicadores económicos que colocam Matosinhos nos primeiros lugares ao nível da competitividade territorial para a localização de investimento. De acordo com o relatório anual de 2008 nesta matéria, o concelho ocupa o primeiro lugar entre 22 municípios da NUT II Norte de dimensão M2 " com uma população entre 50 mil e 200 milhões de habitantes, onde se inserem Espinho, Gondomar ou Póvoa de Varzim " no que respeita ao título de território mais competitivo para a localização da indústria, o mesmo acontecendo com os serviços e o turismo. A nível nacional, e no que respeita à indústria, Matosinhos mantém um fantástico segundo lugar.